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Meninas e Mulheres com TDAH: Desafios e Resiliência

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Percepções Sociais e Diagnóstico Tardio

O TDAH, comumente ligado a crianças, especialmente meninos, não se limita a esse grupo. É vital entender que muitas meninas e mulheres enfrentam os desafios do TDAH, com suas particularidades e barreiras adicionais. A sociedade, ao longo do tempo, criou estereótipos sobre o TDAH. Enquanto os meninos são frequentemente vistos como “agitados” ou “rebeldes”, as meninas com TDAH tendem a ser rotuladas como “sonhadoras”, “desordenadas” ou “muito preocupadas”.

Essa diferenciação na percepção tem consequências reais. Pode resultar em diagnósticos tardios ou até mesmo na falta de identificação do transtorno em meninas e mulheres. A falta de reconhecimento adequado e a subsequente falta de tratamento podem ter implicações na vida de uma mulher. Portanto, é vital que profissionais de saúde, educadores e a sociedade em geral tenham consciência e sejam sensíveis às manifestações do TDAH em meninas e mulheres. Apenas através da compreensão e do reconhecimento adequado podemos garantir que todas as pessoas do TDAH recebam o apoio e os recursos de que são mobilizados para prosperar.

Expectativas Sociais e Impacto Emocional

Na era moderna, a compreensão da saúde mental tem se aprofundado e evoluído. No entanto, ainda enfrentamos desafios e mitos a serem superados, particularmente em relação ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) em meninas e mulheres. Comumente, a imagem predominante associada ao TDAH é a de um garoto agitado. Porém, é essencial reconhecer que essa condição não se restringe a um único gênero ou a comportamentos pré-concebidos.

Ao explorar mais a fundo esse tema, notamos que meninas com TDAH enfrentam desafios distintos. Frequentemente, a sociedade estabelece padrões sobre como as meninas devem agir. Geralmente, espera-se que elas sejam detalhistas, focadas e tranquilas. No entanto, ao considerarmos sintomas de TDAH como distração, impulsividade e hiperatividade, percebemos que eles podem contradizer essas expectativas. Esse contraste entre o que é esperado e a realidade vivida por essas meninas, muitas vezes, leva a sentimentos de inadequação. Além disso, a pressão para se adequar a esses padrões pode resultar em baixa autoestima e frustração. Assim, é crucial aumentar a conscientização sobre o TDAH em meninas e, ao mesmo tempo, promover um ambiente mais acolhedor para todos que lidam com esse transtorno.

Superando Desafios: O Caminho para o Sucesso

Contudo, precisamos enfatizar que o TDAH não determina incapacidade. Com o devido suporte, tanto médico quanto emocional, meninas e mulheres com TDAH conseguem prosperar e atingir suas metas. Além disso, terapias comportamentais, acompanhamento psicológico e, em determinadas situações, medicação, tornam-se aliados valiosos nesse percurso. Admiravelmente, a resiliência dessas mulheres se destaca. Muitas delas canalizam seus desafios, transformando-os em força, e com sua criatividade, paixão e energia distintas, brilham em vários campos. Portanto, torna-se vital que a sociedade dê o devido reconhecimento e suporte a essas mulheres.conseguem

As Diferenças de TDHA entre Meninos e Meninas

Na saúde mental, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) mostra manifestações variadas, moldadas por fatores biológicos, sociais e culturais. Uma análise mais detalhada revela sintomas distintos de TDAH em meninos e meninas. A seguir, apresentamos um comparativo que destaca as diferenças específicas desse transtorno entre os gêneros.

Meninos com TDAH:

  1. Hiperatividade mais evidente: Tendem a exibir comportamentos mais hiperativos e impulsivos. Isso pode incluir inquietação, dificuldade em ficar sentado e interrupções frequentes.
  2. Comportamento Agressivo: Mais propensos a ter comportamentos agressivos ou desafiadores.
  3. Reconhecimento Mais Rápido: Devido aos sintomas mais “visíveis”, os meninos são frequentemente diagnosticados em uma idade mais jovem.
  4. Problemas Externos: Mais propensos a enfrentar problemas de comportamento na escola, como detenções ou suspensões.
  5. Atividade Física: Podem ter uma necessidade constante de movimento, muitas vezes descrita como “energia inesgotável”.

Meninas com TDAH:

  1. Inatentas e Distraídas: Meninas são frequentemente mais inatentas do que hiperativas. Elas podem ser descritas como “sonhadoras” ou “no mundo da lua”.
  2. Comportamento Interno: Em vez de agir, as meninas podem se retrair ou se isolar. Elas podem lutar silenciosamente com sentimentos de inadequação.
  3. Diagnóstico Tardio: Devido à falta de sintomas “tradicionais” de hiperatividade, as meninas muitas vezes são diagnosticadas mais tarde na vida.
  4. Desafios Sociais: Meninas com TDAH podem ter dificuldade em manter amizades devido a problemas com a regulação emocional.
  5. Autoestima: Meninas com TDAH lutam frequentemente com a autoestima, sentindo que não são “boas o suficiente” ou que estão constantemente “atrasadas”.

Conclusão

No vasto espectro da saúde mental, o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é, muitas vezes, vinculado a comportamentos inquietos, tipicamente observados em meninos. No entanto, é imperativo reconhecer que essa condição não é exclusiva de um gênero ou de comportamentos específicos. De fato, meninas e mulheres enfrentam nuances particulares relacionadas ao TDAH, nuances essas que são, frequentemente, exacerbadas por estereótipos e pressões sociais.

Ao nos aprofundarmos nessa questão, é evidente que meninas e mulheres com TDAH podem não se encaixar no molde “típico” do transtorno. Em vez de serem inquietas ou impulsivas, elas podem ser descritas como “sonhadoras” ou “desorganizadas”. Essa percepção pode levar a diagnósticos tardios ou até mesmo à falta de reconhecimento do transtorno. Além disso, a pressão para se conformar às normas sociais pode resultar em sentimentos de inadequação ou baixa autoestima. Portanto, é essencial que a sociedade, os profissionais de saúde e as famílias estejam equipados com o conhecimento e a empatia necessários para apoiar meninas e mulheres com TDAH. Ao fazer isso, podemos garantir que elas recebam o suporte e a compreensão de que precisam para prosperar em todos os aspectos de suas vidas.

Fonte: Rigor Científico

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